terça-feira, 21 de junho de 2011

Vayu - o ar

Oi gente, que o dia de todos nós seja repleto de coisas boas!
O segundo elemento que vamos conversar é Vayu (do sânscrito: वायु), ou ar. Vayu é o segundo "elemento grosseiro" a aparecer.
De novo, não podemos entender essa colocação na forma de um surgimento mágico, misterioso ou inexplicável.
Vayu surge no momento em que akasha dá vazão a energia cinética contida nele (como em tudo que existe na face da Terra e do Universo) e ele pode então ser entendido como akasha em movimento. Vejam como mais uma vez, se pensarmos apenas no conceito "espaço vazio" sem nenhuma abstração, ou melhor, sem nenhuma ampliação dos horizontes, acabamos ficando limitados nos entendimentos futuros. Afinal, o entendimento de vayu surge do entendimento inicial do que seja akasha. E assim sucessivamente.
Desta forma, Vayu tem já no seu aparecimento, contido em sua essência, o conceito fundamental de movimento. Tudo que se movimenta, o faz por conta deste panchamahabhuta.



Se temos ventos que se movimentam na superfície da Terra, vayu está neles. Se os pensamentos correm daqui para lá, se a percepção dos sentido chega até o cérebro para ser decodificada, se ocorre a respiração, se o sangue corporal circula dentro dos vasos, se o bolo digestivo tem seu trânsito pelo intestino, se os cílios dos olhos e os olhos se movimentam, se eliminamos excretas, se há o movimento dos espermatozóides e do ovo fecundado, se o feto se movimenta em seu trajeto de parto, o leite desce pelos ductos mamários a essência está em vayu.


Da mesma forma que no primeiro panchamahabhuta, vayu apresenta qualidades (ou gunas) que são as qualidades de ser leve (ou laghu), seco (ou ruksha), sutil (ou sukshuma), frio (ou sheeta) e móvel (ou chala). E tudo que apresentar essas mesmas qualidades, aumentará esse elemento nos  nossos corpos e mente. (Lembram?! Semelhante aumenta semelhante!)









Com relação aos sentidos, Vayu tem relação com tudo aquilo que é tangível, com tudo que pode ser tocado ou sentido através da pele. Então a pele (ou twak) é o órgão do sentido (ou jnana indriya  relacionado com esse elemento. E como anteriormente, nós atuamos no mundo externo para manifestar esse elemento, em geral, com as mãos (ou rasta indiya).












Então agora já temos um conhecimento sobre os dois primeiros elementos grosseiros que formam tudo em nosso universo, inclusive nós. Logo estaremos no próximo elemento, Agni. Ate lá!

Beijos

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